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Fregil, 29 de Agosto de 1956  Excelentíssimo Senhor Primo muito estimo que esta Minha carta o vá encontrar de uma perfeita saúde que nós ficamos bons graças a Deus.  Assim como sua esposa e seus queridos filhinhos. Que Senhor Primo cá recebi a sua carta, onde fiquei muito contente por me considerar também quando lhe escrevi não pensei que o Primo me atendesse tão depressa agora já sei que o Primo que considera a minha vida Primo quando lhe escrevi não lhe expliquei tudo declarado tenho um rapaz com 17 anos faz 18 dia 26 de Janeiro e tem 4a classe que eu mandei falar nele ao primo agora falta - me perceber se o primo quer que vai- a ele ou o outro que ficou livre acho que para o primo seria melhor ir o mais novo que está muito desenvolvido no negócio já é caixeiro há dois anos e o patrão passas meses que não vem a Casa primo mas não quero que fique aborrecido se não tiver

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{fora da pauta} II vontade de ir o mais novo vai o outro.  O primo mandou- me dizer que não estabelecia ordenado para mim não há diferença mas dizem que a carta chamada que tem que vir com preço garantido senão não é valiosa o primo sabe para o Senhor não há diferença. Que depois o Senhor só lhe dá o que ele merecer porque se for o mais novo o Senhor tem que ficar por ele até á idade de 21 anos. Eu tenho fé em Deus que o Senhor. não há de ter que dizer que ele tem sido muito humilde para os patrões ganha muito pouquexinho mas o pouco que ganha nunca ficou com um tostão para ele Primo o mais que lhe pedia para ir este rapaz era para ver se livrava da vida militar que trago lá um á dois anos e não há dia nenhum que eu não chore em me lembrar que pode ter mal em toda a terra se está sujeito mas como o primo sabe lá não conhecem a gente primo passo- lhe por favor

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e caridade que me mande a resposta na volta do correio primo mandou - me pedir a certidão pois eu agora ainda não lha mando por causa que não sei o qualé que quer que vá. Primo com respeito também ao dinheiro se o primo tivesse a dificuldade de aí mo arranjar fazia - me uma grande esmola que eu pago os juros não quero que o primo tenha prejuízos pela minha causa, porque o dinheiro para vir daí tem sido uns trabalhos e se o primo aí o arranja - se consante ele o ganha- se assim lhe ia pagando mas senão puder ser manda - me dizer para eu assim me governar.  O Senhor mandava- me dizer na sua carta que se os meus filhos quisessem ir ganhar a vida que não estivesse com pena deles.  Pois o que eu queria a que eles fossem muito felizes. Já que eu tive tão pouca sorte queria ver se os meus filhos seguiam outro destino o primo se soubesse o que eu tenho passado o Senhor ficava admirado quem tão estimada foi.  Primo já lhe estou a ser muito maçadora

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Com isto termino muitos abraços para os priminhos de mim e de todos os meus filhos e a sua esposa que receba um saudoso abraço desta que considera por amizade e o primo de mim receba muitos cumprimentos desta sua prima.  M.An.