A amostra RS é constituída por 13 bilhetes amorosos, escritos por uma mulher, no Rio de Janeiro, em 1908. Trata-se de um material peculiar, pois RS escreveu bilhetes tanto para seu esposo (AFN), quanto para o seu amante (ASM). Tais bilhetes foram encontrados anexados a um processo judicial que investigou o assassinato do amante pelo marido de RS. O marido, que foi absolvido do crime, era capitão-tenente da Armada, tinha 29 anos e teve dois filhos com RS. O amante tinha 20 anos e, por estar desempregado, foi acolhido por AFN. A partir daí, RS e ASM começaram a se relacionar até que AFN descobriu e cometeu o assassinato. A partir da leitura dos bilhetes, nota-se que RS escreve de maneira diferente a depender de seu destinatário.

Fontes:

LOPES, C. R. S.; MARCOTULIO, L. L.; RUMEU, M. C. B. O tratamento em bilhetes amorosos no início do século XX: do condicionamento estrutural ao sociopragmático. In: COUTO, L. R. C.; LOPES, C. R. S. (Org.). As formas de tratamento em português e em espanhol: variação, mudança e funções conversacionais. Niterói: UFF, 2011. p.315-348

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